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sábado, 22 de agosto de 2015

Babilônia e a opção pelas sutilezas do afeto...


 
Babilônia e a opção pelas sutilezas do afeto...

                                                                        A Oldack
Essa penúltima semana de Babilônia destacou-se por cenas de imensa afetividade, despertando nossas emoções e possibilidades de catarse provocada pela ficção. Vamos a elas:
Cena 1: Karen fazendo um bolo de chocolate e cobrindo com deliciosa calda para receber Júlia, sua enteada, antes detestada e maltratada por ela e por sua filha. Ela transferia para a criança o ódio pela traição do marido. O pedido de perdão, materializado em forma de bolo, simboliza a união dos irmãos. E essa mãe arrependida tem uma linda conversa com a filha sobre seus erros e, a menina, antes resistente, cede lugar no sofá e em sua vida para a amorosa irmã que sela a nova família com o beijo na antes madrasta má, agora redimida pelo poder do perdão...
Cena 2: Sérgio acompanha Ivan na fisioterapia e para quebrar sua resistência e revolta entra na piscina com ele, como fazemos com as crianças para ensinar-lhes com nossa companhia que transmite segurança e apoio...Cena de extremo amor. Amor em forma de cuidados, amor em forma de insistência, amor em forma de puro amor, quando as adversidades se impõem e só resta mesmo estar ali para o que der e vier...Quando os planos mudam, quando o sexo  esmaece, quando basta estar por perto.. E sai empurrando a cadeira do companheiro sob um lindo por do sol...
 Cena 3: Wolney mais uma vez poderia ter cometido um crime e quando tudo levava a crer na sua culpa pelo sumiço do dinheiro no caixa do restaurante, somos surpreendidos pela sua regeneração, quase heroica...Todas as pistas eram falsas, o pen-drive, o roubo, o tênis novo, esse último, surpresa genial, presente do irmão caçula, que entra iluminando a cena com a sua inocência linda de criança...Vitória da fraternidade e da crença na mudança do ser humano...o lodo não tragou o lírio...
Cena 4: Rafael burla a segurança do hospital para passar a noite ao lado de Lais na UTI, em coma provocado pela leviandade de sua família, e pela manhã ganha a cumplicidade do médico tocado pela devoção do rapaz. Velar o sono profundo de um coma, amor sem reservas...
Cena 5: Sérgio entra transtornado no apartamento para dar a notícia da morte de Carlos Alberto para Fred. O badboy desesperado, dilacerado pela perda, busca o abrigo nos braços do tio que ele passou a desprezar pela sua homofobia doentia...a cena dá indícios que sua redenção também virá, assim como a de Karen e Wolney...
                     Além dessas cenas de extrema sensibilidade, a semana também nos rendeu algumas gargalhadas com a entrevista de Norberto na TV, com a participação especial de Clóvis e Walesca, trio que ao que tudo indica, formará um tórrido triângulo amoroso, pura luxúria e gula. A trama central continua sem frescor, Beatriz, agora é serial killer,  livrando-se de todos que atrapalham seu caminho. Como boa narrativa maniqueísta que é, Inês também merece alguma punição...Sua “sede de justiça” também a arruinou moralmente. Aguardemos a última semana, já com vontade de pular para A regra do jogo e suas chamadas instigantes....é o jogo da ficção que nos chama para mais uma partida...

12 comentários:

  1. Boa seleção de cenas, Alana!! A de Sérgio e Ivan (e todas as últimas deles, desde o acidente de Ivan) me tocou bastante. O amor se revela de várias formas e aspectos e o amor do casal mostra ser forte nesse momento de dor, mostra ser daqueles dos quais não se desiste fácil!

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    1. Fabíola, o amor dos dois tem se revelado um dos pontos altos da trama. Ontem, o casamento simbólico com o juramento na saúde e na doença, quando a doença já existe, foi tocante...

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  2. Perfeita análise, Alana. Como é bom ter uma Doutora em Literatura , assistindo e comentando novelas. Retira, assim , o preconceito contra os folhetins. Ainda bem.

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    1. Abaixo aos preconceitos contra as novelas, elas são uma importante forma de reflexão sobre a vida e suas múltiplas faces...

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  3. El Fahl,

    sinto-me deveras feliz por seu texto dedicado à minha pessoa. Dizer o quê? Tudo dito, ou melhor, escrito aqui, seria pouco, agora. Mas... creia que as possibilidades me movem.

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  4. Alana querida, parabéns e obrigada pelas palavras... Eu também me senti tocada e fiquei emocionada com a penúltima semana de Babilônia, rica em cenas de afetividade, cenas essas tão bem descritas por você..

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  5. Interessante é que esta semana lembrei de você justamente porque estava sentindo falta dos seus textos. Muito boa sua análise Alana, realmente temos aqui cenas que merecem nossa reflexão exatamente porque fazem parte de um cotidiano real.

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    1. Obrigada, continuemos nosso diálogo sobre esse significativo meio de reflexão.

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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